domingo, 11 de setembro de 2011

ODEIO À MATEMÁTICA!

Odeio à matemática!

Na virada do milênio, mais precisamente no ano 2000, “a matemática deixou de ser cenário de ficção científica para fazer parte do cotidiano”. O futuro talvez não seja tão fantástico como havíamos previsto: fomos a marte, mas não previmos o acontecimento do dia 11 de setembro, temos à internet, mas não temos tele-transporte, nossos carros, em vez de voarem como nos desenhos dos jetsons, ficamos parados em engarrafamentos (frase modificada, Pierre Lévy).

Em contrapartida, estamos assistindo ao surgimento de uma transformação tão radical na nova cultura da ciência exata que nenhuma ficção soube prevê-la, o nascimento através das estruturas neurofisiológicas do funcionamento do cérebro humano e de como ele desenvolve a matemática a partir dessas estruturas.

Todo conhecimento gera sinapses no cérebro, e estas devem ser construídas de maneira super correta. Alguns conceitos adquiridos no ensino básico, que são muito falhos e alguns bastante perigosos para o aprendizado do conceito de número. ( frase modificada, W. de Maio).

Todo conhecimento adquirido de forma errada é um obstáculo, e gera infinitamente grande dificuldade para o aprendizado correto. Desde cedo aprendemos à matemática sem saber o conceito de “número” e sem a construção do conceito de Números Naturais, de números inteiros, racionais, irracionais e reais. Dividimos um chocolate, uma pizza ou um grupo de objetos em partes sem o conceito de “parte de”, porque os números inteiros não possuem partes. Tampouco, no algoritmo de divisão e sua estrutura. A existência de grandezas incomensuráveis e a ausência de um tratamento eficiente para expressá-las, isto é, o desconhecimento de uma fundamentação teórica para o conceito de número e de número real, não impediu o progresso de ramos da matemática do século XVI ao século XXI.

Uma palavra de incentivo. Nas décadas finais do século XX, e este início de século XXI, têm sido marcados por progressos notáveis na solução de problemas matemáticos importantes, alguns dos quais estavam em aberto há séculos, isto é especialmente verdadeiro no caso da teoria dos números, as demonstrações do “Último Teorema de Fermat” por Andrew Wiles, em 1995 e da Conjectura de Catalan por P. Mihãilescu, em 2002 e outras. Entretanto, a demonstração de cada um destes resultados envolve uma seção transversal expressiva da matemática contemporânea baseada na idéia central da teoria desenvolvida por Évariste Galois (1811-1832) é de considerar as várias maneiras pelas quais é possível permutar as raízes de um polinômio sem alterá-lo. Ao conjunto destas permutações, Galois deu nome de Teoria de grupo. (frase modificada, S.C. Coutinho).

As noções de grupos e subgrupos são exemplos de estruturas algébricas, isto é, conceitos de natureza classificatória, cujo objetivo é semelhante ao das classes taxonômicas em biologia. Em outras palavras, sua função é organizar objetos matemáticos que têm características comuns. É necessário, portanto, conhecer um grande número de exemplos para realmente entender o que se esconde por trás de definição de grupo.

- Afinal, quando é que os alunos passam a não gostar da matemática?

Estão listadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais de matemática (1998) sobre o ensino dos números irracionais, reais, obstáculo de origem didática e obstáculos epistemológicos. Não existe nenhuma indicação de transposição didática da continuidade topológica dos números reais que permite modelar o tratamento dos fenômenos que envolvem grandezas contínuas como a função afim, quadrática e outras. A rede formada pelas memórias sensoriais e pelas geradas pelo cérebro possui uma estrutura equivalente à que a matemática chama de topológica.

A utilização dessa estrutura que distinguimos o ser humano dos demais seres e lhe permite o raciocínio lógico.

Keiji Nakamura

Um comentário:

  1. Odeio à Matemática!
    Quando os governantes deixam de clarificar as idéias fundamentais da matemática.

    ResponderExcluir